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Princesinha rebelde

Bairro com mais idosos e mortes por corona, Copacabana dá canseira nas autoridades

Passear no calçadão de Copacabana, na Zona Sul do Rio, ou desfrutar dos bares e quiosques da "Princesinha do mar" são atitudes arriscadas que, segundo as autoridades de saúde, podem acelerar a velocidade de transmissão da Covid-19. Apesar da recomendação de isolamento social, o feriado de Tiradentes no bairro foi marcado, ontem, por flagrantes de pessoas desrespeitando a quarentena.

Copacabana ainda tem dois agravantes: é o bairro que registra o maior número de mortes na capital — são 18, no total —, e tem a maior concentração de idosos, o principal grupo de risco para o coronavírus, que representa 77,8% dos óbitos pela doença. Segundo o IBGE, cerca de 30% dos 161.178 habitantes do bairro estão acima dos 60 anos, o que equivale a 15% dos moradores da cidade nessa faixa etária.

E em relação aos casos confirmados, Copacabana aparece em segundo, com 199 notificações da Covid-19, atrás da Barra da Tijuca, que tem 217, segundo a prefeitura, que investiga mais duas mortes suspeitas em Copacabana, além de 78 casos também suspeitos.

Família detida na areia

Também ontem, a PM precisou prender cinco membros de uma família que insistiam em tomar banho de mar, indo contra o decreto estadual que proíbe a ida às praias, praças e parques.