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Escolhas dramáticas

Falta de respirador obriga médicos a decidir quem vive

O médico Pedro Archer, que trabalha em uma emergência da rede municipal, na Zona Oeste, faz uma relato dramático: por falta de respiradores, médicos da rede pública estão precisando decidir quem fica vivo ou quem morre.

"Perdemos dois pacientes por falta desse equipamento", revelou o médico sobre um de seus plantões. Ele diz que havia apenas um respirador disponível em uma sala com 30 pacientes internados em isolamento quando chegou mais uma paciente suspeita de Covid, com síndrome gripal e saturando 57% em ar ambiente.

"Só tínhamos um respirador e mais 30 pacientes que poderiam precisar dele. Caso a gente tenha que escolher entre quem vai ficar com o respirador, levamos em conta o quadro geral. Se é muito idoso, com muita comorbidade ou jovem, sem comorbidade. Não vai ter jeito, a gente acaba escolhendo o paciente jovem".

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed-RJ), Alexandre Telles, a situação se repete em outras unidades por falta de leitos de UTI. "Sem vagas na regulação, os pacientes de coronavírus são levados para municípios como Volta Redonda e Vassouras", diz.

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