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Onze médicos mortos

Pelo menos três vítimas eram de grupo de risco para a Covid-19

Magna era diabética e hipertensa
Magna era diabética e hipertensa -

Levantamento do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) aponta que 11 médicos já morreram com a Covid-19 no estado, cinco deles entre quarta-feira passada e ontem. Três vítimas estavam em grupo de risco e continuaram trabalhando. 

A médica Magna Sandra, 61 anos, é uma das vítimas. Ela trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Irajá e na Policlínica Regional Santa Maria, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Segundo uma colega, Magna tinha diabetes e hipertensão e estava preocupada com o avanço da Covid-19 em Maricá, na Região dos Lagos, cidade onde morava. Magna Sandra deixa uma filha de 22 anos.

O presidente do Cremerj, Sylvio Provenzano, afirmou, em entrevista ao portal de notícias G1, que entende a necessidade de afastamento dos profissionais que estão no grupo de risco. "Não há como pedir a um médico que seja do grupo de risco para ir para a frente de batalha, salvo uma situação extrema, onde não haja mais nenhum profissional. Eu diria que seria o absurdo dos absurdos, mas aí a gente teria um juramento e não vamos fugir desse juramento", avaliou.

No início de abril, o Cremerj já havia apontado a morte do cardiologista Ricardo Antonio Piacenso, no Hospital Municipal Ronaldo Gazzola, de referência para a doença, e do anestesiologista José Manoel de Melo Gomes.

Em nota, o Cremerj lamentou a morte dos onze profissionais e declarou que "se solidariza com amigos e familiares neste momento de dor".