O primeiro dia de funcionamento das feiras livres, após a revogação do decreto que suspendeu temporariamente as atividades durante a pandemia da Covid-19, foi de esperança e adaptação. É que para os comerciantes voltarem à ativa, foi necessário o compromisso de tomarem medidas de prevenção, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que pode suspender as atividades novamente e gerar multa diária de R$ 20 mil, caso não seja cumprido.
Ontem, a Coordenação de Feiras da Prefeitura do Rio realizou uma fiscalização e afirmou que os feirantes adotaram as medidas estipuladas no TAC, como uso de máscara, disponibilização de álcool em gel para os funcionários e fregueses, distanciamento entre barracas e controle de aglomerações. Para Valéria Marques, de 47 anos, dona de uma barraca de frutas há mais de 30 anos, o movimento de clientes ontem não foi o esperado, mas a expectativa é que eles voltem a consumir produtos.
"Foi um alívio para nós feirantes poder voltar. Muita gente já tinha feito as compras quando soube que não ia poder trabalhar e acabou perdendo dinheiro. O movimento foi fraquíssimo, mas espero que volte ao normal. A gente tem se adaptado ao delivery, já que muitos clientes estão pedindo".
Entre as normas, está a proibição do consumo de comidas prontas nas barracas onde são vendidas, como pastel, tapioca e afins. A venda só é permitida para viagem e as barracas devem manter as faces frontal e laterais envoltas em plástico de PVC transparente, com abertura apenas para passagem de pagamentos e dos produtos. Também não é permitido uso de cadeiras e mesas, para não estimular o consumo no local.