1.105 na fila de leitos

Um dado alarmante expõe o nível de saturação do sistema de saúde na Cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em todos os hospitais públicos da capital — não apenas nas unidades da rede municipal — há 1.105 pessoas na fila da regulação de leitos, aguardando vaga dedicada à Covid-19. O desespero dos familiares dos pacientes só se agrava ao ouvirem falar sobre a possibilidade de um protocolo que orienta médicos para definir quem terá direito a uma internação.

O Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ) explica como será possível ter leitos para todos. "Por meio de requisição administrativa dos leitos privados, como outros países fizeram, leitos de hospitais militares, ativação dos leitos municipais, estaduais e federais. Está faltando diálogo. Querem priorizar quem vive e quem morre sem antes esgotar outras medidas", reforça Alexandre Telles, presidente do Sinmed-RJ.

O protocolo que deverá auxiliar médicos numa eventual escolha por pacientes, em caso de falta de leitos de UTI, ainda não tem data para sair no Diário Oficial.

O protocolo deverá levar em consideração o histórico clínico, nível de oxigenação, a pressão arterial, o nível de plaquetas no sangue, doenças pré-existentes (câncer, insuficiência cardíaca, complicações pulmonares, doenças hepáticas e doenças renais) e a percepção do médico.