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Sorriso de volta

Professora dá relato emocionado sobre internação

Prestes a completar 56 anos, no dia 31, a professora Claudia Maria Vasconcelos Lopes diz que não faltaram orações, de muitas crenças, desde sua internação no dia 24, no Hospital Samaritano Barra, por Covid-19. Ela recebeu alta na última terça-feira, com recomendações para ficar sozinha no quarto, usar utensílios separados e fazer exercícios respiratórios. Mesmo ainda vendo o filho, João Carlos, de 18 anos, pela porta de vidro da varanda do apartamento na Ilha do Governador, Claudia é só alegria por ter passado o Dia das Mães em casa: "O coração? Está flutuando!".

"Ficava sozinha no quarto e todos que entravam usavam os equipamentos exigidos e uma roupa que rasgavam e jogavam fora dentro do quarto. Eram breves, mas muito humanos. Mexeu comigo", conta. Ela lembra que nem sua irmã médica podia ir até a ala dos pacientes de Covid. Seu WhatsApp lotou de mensagens. "Senti uma luz em minha alma e mandei mensagem para pessoas que julgava e/ou não mais falava. Apenas dizia: 'Te amo!' Foi libertador!".

De longe, um "visitante" era especial: "Meu companheiro, Allan Pedro, ia diariamente ao hospital rezar no jardim". O filho não saía dos seus pensamentos: "Levei 12 anos para tê-lo, pois tinha problemas e sempre lutei para ser mãe. Pensava: 'Preciso ficar boa para acabar de criá-lo'". A alta foi emocionante: "O meu coração batia muito quando a médica me falou: 'Moça, de alta!' Queria abraçá-la."