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Volta Redonda reabre comércio varejista

Shopping serão os próximos no dia 18, com acesso restrito.

Na contramão de outras cidades, Volta Redonda, no Sul Fluminense, iniciou ontem o primeiro dia de abertura do comércio varejista. Dia 18 será a vez dos de flexibilizar o horário de funcionamento de shoppings. Segundo a Prefeitura, até ontem, o município contava com 1544 casos suspeitos e 599 confirmados. Um total de 17 a mais do que no domingo. Óbitos chegam a 20. 

"Cinemas, igrejas, teatros, permanecem suspensos por enquanto. Agências bancárias passarão para 7h às 13h, para não coincidir com o horário do comércio", defende o prefeito Samuca Silva.

Segundo o mandatário, a flexibilização era uma reivindicação da sociedade e dos empresários, mas só acontece atrelada com medidas de segurança e intenso monitoramento dos casos de coronavírus.

O comércio fecharia se subir o número de casos suspeitos mais de 5%, por dois dias seguidos, se os leitos de UTI tiverem mais 50% ocupados ou se o hospital de campanha da cidade passar de 60% de ocupação.

Segundo Gilson de Castro, presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Volta Redonda (CDL Volta Redonda) a flexibilização do comércio é importante para garantir emprego e vidas, uma vez que já se estima mais de 7 mil demissões nesses cerca de 50 dias de portas fechadas. Ainda de acordo com ele, muitas empresas não vão conseguir reabrir após a pandemia, uma vez que não tiveram vendas. "Algumas conseguem realizar o serviço de delivery, mas esse tipo de venda não chega a 5% do faturamento comparado ao funcionamento normal", avalia Castro.

Ainda de acordo com a CDL Volta Redonda, até março, Volta Redonda tinha cerca de 10 mil estabelecimentos comerciais de bens e serviços, sendo o maior gerador de empregos da cidade, com 40 mil postos de trabalho. Gilson garante ainda que todas as medidas preventivas vêm sendo adotadas pelas lojas, preocupadas também em reduzir a disseminação do vírus. "Em todos os nossos ofícios enviados à prefeitura, defendemos o uso de máscara (quando houve indicado do Ministério da Saúde), álcool a 70% tanto para os trabalhadores quanto os clientes, além do controle de fluxo de pessoas no interior do estabelecimento", reforça.