Ficha do risco não caiu

Rio tem mais da metade dos óbitos do estado, mas carioca ignora isolamento

Calçadas lotadas na Rua General Roca, na Tijuca
Calçadas lotadas na Rua General Roca, na Tijuca -

O Estado do Rio de Janeiro ultrapassou, ontem, a marca dos 2 mil óbitos (2.050) causados por Covid-19. A capital responde por 66,4% desse total, com 1.363 vítimas e 11.026 dos 18.729 casos diagnosticados no estado. Apesar das restrições determinadas pela prefeitura para evitar aglomerações, o carioca insiste em ir às ruas, ainda que sem necessidade. Ontem, outros sete pontos da cidade tiveram a circulação de veículos e pedestres proibida. Já são 12 áreas com restrições, mas a movimentação ainda é grande na Zona Norte.

A Avenida Dias da Cruz, no Méier; a parte central da Avenida Sargento de Milícias, na Pavuna; e os acessos à Praça Saenz Peña, na Tijuca, todas na Zona Norte, amanheceram com bloqueios. Na Zona Oeste, as restrições aconteceram nos centros comerciais da Freguesia, Taquara, Realengo e Guaratiba.

Há bloqueios também em Campo Grande, Madureira, Grajaú, Cascadura e Santa Cruz. Até o início da próxima semana, outras regiões devem receber interdições.

Também foi verificado intenso movimento em Cascadura, Madureira, Vila Isabel e Grajaú. Mas foi na Tijuca o recorde de pessoas nas ruas e de lojas não essenciais abertas, aumentando o risco de contaminação.

"As pessoas precisam entender a gravidade desta doença. Tem muita gente praticando atividades físicas e disseminando o vírus. É preciso cumprir as medidas de segurança. Será que elas só vão acreditar quando um familiar depender de uma vaga no hospital e não encontrar?", diz a infectologista Tânia Vergara.

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