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Grampos da Lava Jata revelam fraudes e corrupção até na pandemia

Ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto foram presos no âmbito da 'Favorito' na manhã desta quinta

Rio - 14/05/2020 - OPERACAO FAVORITO - LAVA JATO - Rio - NA foto o preso MARIO PEIXOTO.  A Polícia Federal encontrou, nesta quinta-feira, R$ 1,589 milhão na casa de um dos alvos da Operação Favorito, em Valença, município localizado no Sul Fluminense. Cinco pessoas foram presos durante a ação de hoje, entre elas o ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto, dono de empresas que prestam diversos serviços ao governo do estado. O dinheiro estava com um morador da capital que foi para o município do Sul do estado por conta da pandemia do novo coronavírus. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia
Rio - 14/05/2020 - OPERACAO FAVORITO - LAVA JATO - Rio - NA foto o preso MARIO PEIXOTO. A Polícia Federal encontrou, nesta quinta-feira, R$ 1,589 milhão na casa de um dos alvos da Operação Favorito, em Valença, município localizado no Sul Fluminense. Cinco pessoas foram presos durante a ação de hoje, entre elas o ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto, dono de empresas que prestam diversos serviços ao governo do estado. O dinheiro estava com um morador da capital que foi para o município do Sul do estado por conta da pandemia do novo coronavírus. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia -
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, ontem, mais uma etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro, desmascarando as faces de um sistema corrupto ligado à área da Saúde no estado, responsável por desviar R$ 3,9 milhões dos cofres públicos em compras superfaturadas. A Operação Favorita prendeu o ex-deputado estadual Paulo Melo, o empresário Mário Peixoto e outras três pessoas, todos acusados de desvio de verbas públicas, inclusive negócios recentes, que envolveriam hospitais de campanha para pacientes com covid-19.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>O governo de Wilson Witzel logo tratou de se manifestar a respeito da ação. Segundo nota do Estado, ainda ontem o governador pediu à Justiça Federal informações sobre os investigados para iniciar auditoria em todos os contratos firmados entre essas empresas e o governo.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>"Determinei à CGE e à PGE que façam uma auditoria minuciosa de todos os contratos que existem no governo com essas empresas. Se forem encontradas irregularidades, os contratos serão cancelados. Caso haja participação de funcionários e servidores do governo, os mesmos serão exonerados", afirma Witzel.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>A Operação Favorita é um desdobramento das operações Quinto de Ouro e Cadeia Velha, que investigam superfaturamentos em obras do governo do estado há mais de 10 anos. Seu nome é uma alusão ao tempo em que o empresário Mario Peixoto tem ligações com o poder público.
<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO>Apontado como chefe operacional do esquema, Luiz Roberto Martins, atual presidente do Conselho de Administração da Organização Social Instituto Data Rio (IDR), era responsável por autorizar notas superfaturadas. Ele foi preso em Valença, no interior do Rio, onde estava com a família em quarentena. Com ele foram apreendidos cerca de R$ 1,5 milhão em dinheiro. Os outros presos foram Lisle Rachel de Monroe Carvalho, Carla dos Santos Braga, Leandro Braga de Souza e Luciano Leandro Demarchi.

Mesadas para conselheiros

O empresário Mário Peixoto era ligado a Lucas Tristão, atual secretário estadual de Desenvolvimento do estado. Tristão trabalhou para o empresário antes de assumir o cargo. Ele não foi citado nas investigações. Peixoto foi preso em sua casa em Angra dos Reis, na Costa Verde, num condomínio de luxo em Mombaça. Ele já respondia por acusações de pagar mesadas de R$ 200 mil para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado aprovarem as contas de OSs ligadas a ele. A defesa do empresário não se pronunciou.