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Mais nove militares na saúde

Nomeações ocorrem no dia em que covid-19 passa mil mortes diárias

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, nomeou ontem nove militares para cargos de assessoramento, coordenação e diretorias. A nomeação ocorreu no mesmo dia em que a Covid-19 passou a ser a principal causa de óbitos no Brasil, com a marca diária de mais de mil mortes.

Ontem, de acordo com o Ministério da Saúde, foram 1.179 novas vítimas em 24 horas.

O secretário-executivo adjunto, coronel Antônio Élcio Franco Filho, foi designado como substituto eventual de Pazuello, que está provisoriamente no comando da pasta desde a saída do médico Nelson Teich, na última sexta-feira. O presidente Jair Bolsonaro ainda não escolheu um novo titular para a Saúde.

As nomeações foram publicadas ontem no Diário Oficial da União (DOU). O governo federal começou a ampliar o número de militares no Ministério da Saúde logo depois de Luiz Henrique Mandetta deixar o cargo de ministro, em meados de abril, dando lugar a Nelson Teich. A primeira nomeação foi justamente a do general Eduardo Pazuello, como número dois do próprio Teich e, atualmente, como ministro provisório da Saúde.

A equipe de Teich, por sinal, já vinha recebendo diversos nomes indicados pela ala militar para cargos estratégicos. As mudanças reforçam o que secretários estaduais e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) têm frequentemente chamado de "tutela" do Palácio do Planalto.