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Rejeição à cloroquina

Estados sinalizam que não vão aderir ao uso da medicação

Não há evidências científicas que comprovem 100% a eficácia da cloroquina no tratamento de coronavírus
Não há evidências científicas que comprovem 100% a eficácia da cloroquina no tratamento de coronavírus -

A cloroquina não deve ser utilizada por todos os estados brasileiros para combater o novo coronavírus. A medicação, que não tem eficácia científica comprovada contra a Covid-19, foi o motivo da saída de dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que eram contrários à utilização indiscriminada do remédio por conta dos seus efeitos colaterais. Os dois bateram de frente com o presidente Jair Bolsonaro e deixaram a pasta. Agora quem comanda o Ministério da Saúde é o general Eduardo Pazuello, que não é médico.

Governos estaduais já sinalizaram que não vão aderir ao uso generalizado de cloroquina — entre eles, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Pernambuco, Paraíba e Pará. Nos demais, as administrações afirmam que a aplicação ou não da substância ainda está sob estudo. Questionados, Prefeitura e governo do Estado do Rio não se pronunciaram.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se opôs à nova recomendação do Ministério da Saúde e criticou a politização do remédio. "Não será adotado", disse. "Na Bahia, receita médica não é definida por ideologia ou pelos políticos". Por sua vez, o governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, disse que "não há certeza científica em nível internacional ou nacional" sobre o assunto.

"Nós não faremos distribuição nem aplicação generalizada da cloroquina, porque a ciência não recomenda", disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).