Proteção e diversão

Antes incomuns no cotidiano dos brasileiros, as máscaras tomaram conta do figurino de todos, após recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) no início de abril. As peças artesanais de tecido viraram um acessório obrigatório na batalha contra o coronavírus. Mas nem elas escaparam do famoso 'jeitinho brasileiro' que, literalmente, entrou de cara nessa luta.

Um desses brasileiros é o fotógrafo Vladimir Xavier de Medeiros, de 48 anos, que abusou da criatividade e criou as "máscaras animadas", que trazem como estampa o rosto da pessoa e estão fazendo sucesso. "Pessoas nos carros, no mercado, em todos os lugares, acenavam sorrindo, com sinal positivo e me elogiando pela criatividade", conta ele.

Em razão da crise causada pela pandemia, muitas pessoas têm se aventurado na confecção desses itens. De olho na tendência, Vladimir utilizou o aparato que já tinha em sua loja em Jacarepaguá, na Zona Oeste, para garantir a renda mensal. "De sábado passado até quinta-feira vendi mais 50 máscaras. Tenho pedidos de muitas partes do Brasil", celebrou. Os itens têm sido a principal fonte financeira dele, já que, por conta do isolamento social, não pode exercer a profissão de fotógrafo.

As máscaras custam R$ 15 cada e são produzidas com microfibra em dupla camada, seguindo as orientações das autoridades em saúde. As encomendas podem ser feitas pelo Facebook (facebook.com/vladdofoto) ou no telefone 96408-7836.

Bombando nas redes sociais

As máscaras animadas chamaram a atenção desde que foram divulgadas por Vladimir. Mas foi com a ajuda do cantor e ex-BBB André Gabeh que elas bombaram. Com mais de 43 mil seguidores no Facebook, Gabeh gravou um vídeo usando a peça com sua foto e fez sucesso imediato. Já são mais de 250 mil visualizações e mil comentários. "Ainda não saí de casa depois que comprei as máscaras, mas peguei uma entrega de farmácia e o entregador levou um susto, tentou prender o riso. Quando eu falei 'pode rir', por trás da máscara, ele teve uma crise de gargalhadas."

* Reportagem da estagiária Amanda Scatolini sob supervisão de Karina Fernandes