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Policiais são afastados

Corregedoria da Polícia Civil tira três agentes da Core das ruas para apurar conduta

O estudo sobre a cloroquina é o mais amplo já feito no mundo: risco de morte maior por arritmia cardíaca
O estudo sobre a cloroquina é o mais amplo já feito no mundo: risco de morte maior por arritmia cardíaca -

Três agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, que participaram da operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, que resultou na morte do estudante João Pedro Matos, de 14 anos, na última segunda-feira, foram afastados, ontem, do serviço operacional provisoriamente.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) já descobriu que foi um tiro de fuzil calibre 5.56 que atingiu o adolescente. É aguardado agora o resultado do confronto balístico entre o projétil que ficou alojado no corpo do adolescente e os quatro fuzis usados pelo agentes, para descobrir de onde partiu.

Ainda sem respostas, familiares e amigos de João Pedro, realizaram, na tarde de ontem, uma passeata. Com cartazes nas mãos e pedindo justiça, cerca de 50 pessoas caminharam da Praça de Itaúna, em São Gonçalo, até a escola onde o adolescente estudava, no Porto do Rosa, bairro vizinho, e retornaram ao ponto inicial.

A Corregedoria Geral da Polícia Civil instaurou sindicância para apurar a conduta dos policiais civis que participaram da ação.

"Os agentes continuarão na Core, exercendo atividades administrativas. A apuração corre em paralelo ao inquérito policial instaurado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí", afirmou a instituição.

O delegado Allan Duarte, da DHNISG, disse que pretende fazer a reprodução simulada do caso e que os próximos depoimentos a serem colhidos serão dos familiares de João Pedro, dos cinco jovens que estavam com ele, do médico bombeiro que atestou o óbito e de outros dois policiais da Core.

O estudo sobre a cloroquina é o mais amplo já feito no mundo: risco de morte maior por arritmia cardíaca ARIANA DREHSLER / AFP
Moradores do Complexo do Salgueiro protestaram contra a morte do menino João Pedro Reprodução / Internet