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Ameaça de greve

Sindicato critica proposta de retomada das aulas

Ano letivo foi suspenso em todo o Estado do Rio com novo coronavírus
Ano letivo foi suspenso em todo o Estado do Rio com novo coronavírus -

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) não descarta a possibilidade de a classe entrar em greve caso a Prefeitura do Rio e o governo do estado retomem as aulas, a partir de 1º de junho, como sugere uma proposta das entidades empresariais. As administrações municipal e estadual, contudo, descartaram qualquer intenção de adotar tal medida.

De acordo com Gustavo Miranda, coordenador do Sepe, o lobby dos empresários é muito grande. "Não podemos colocar em risco a vida das pessoas para garantir o lucro de alguns. A gente vai tentar de todas as formas e meios impedir que as escolas abram. Se não for possível, a gente não descarta a possibilidade de entrar em greve", avisou.

O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, acredita que a retomada das aulas é temerária: "Evidentemente que, se alguma rede pública propuser algo nesse tipo, compreendo perfeitamente que os profissionais de educação possam reagir de forma firme e determinada."

Para o vereador Célio Lupparelli (DEM), não há indicador científico que justifique relaxamento do isolamento social: "Não há leitos, médicos, enfermeiros nem insumos para suportar aumento de casos de Covid-19."

Já o vereador Tarcísio Motta (PSOL), vice-presidente da Comissão Permanente da Educação da Câmara Municipal do Rio, reagiu com indignação à possibilidade de retomada das atividades: "É um absurdo essa proposta que as associações fizeram. E absurdo ainda maior se a prefeitura cogitar aceitar. Reabrir escolas é causar a morte das pessoas."