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Maia defende que auxílio emergencial deve ser prorrogado, mas teme redução de valor

Presidente da Câmara afirmou que há um embate dentro do governo, entre priorizar investimentos públicos ou privados

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia -
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que há consenso para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600, mas afirmou que teme uma possível redução no valor do benefício. O valor é pago pelo governo federal a trabalhadores informais por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Tenho medo de redução do custo do auxílio emergencial, o que isso impacta na reação das pessoas. Não é uma decisão simples. Prorrogar acho que é consenso, o que vai se debater é o valor. Acho que a redução do valor, ou a não prorrogação, pode gerar consequências na base da sociedade", disse ele.

Maia afirmou que há um embate explícito dentro do governo, e do próprio Parlamento, entre priorizar investimentos públicos e privados. Para ele, hoje os que defendem uma intervenção maior de recursos públicos é maioria dentro do governo. "Isso é uma informação importante, pois terá consequências nas ações de ministros e do próprio governo depois de tomada a decisão sobre como atuar nesse período da pandemia", disse.

Ele afirmou que há uma pressão para englobar investimentos que vão entrar em 2021 e 2022 nas regras aprovadas pela Proposta de Emenda Constitucional apelidada de "Orçamento de Guerra". Contudo, afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) já alertou ministros que o texto não permite gastos ou investimentos que transbordem o ano de 2020.