Brasília é uma cidade "agitada". principalmente por conta do Palácio do Planalto. Após ameaças contra o Supremo Tribunal Federal (STF) depois de buscas e apreensões feitas pela Polícia Federal no âmbito das ameaças à Corte e divulgação de fake news, ontem foi dia de condecorações, depoimento (que não ocorreu porque o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficou em silêncio) e da repercussão de uma live presidencial feita na noite de quinta-feira.
Nessa live, o presidente Jair Bolsonaro assegurou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, é candidato a uma indicação ao STF caso surja uma terceira vaga. "Sobre o Augusto Aras, se aparecer uma terceira vaga… Eu espero que ninguém ali desapareça, né… Mas o Augusto Aras entra fortemente na terceira vaga", disse Bolsonaro.
Segundo o presidente, Aras "está tendo uma atuação excepcional" e defende o governo Federal. "Ele procura cada vez mais defender o livre mercado e o governo federal nestas questões que, muitas vezes, nos amarram", afirmou. A fala de Bolsonaro vai contra as funções do procurador-geral da República. Não é função da PGR "defender" o governo federal, mas da Advocacia-Geral da União (AGU).
A declaração foi dada no momento em que o procurador avalia a denúncia contra Bolsonaro, a que investiga se ele interferiu na Polícia Federal para proteger família e amigos. Neste mandato ele terá apenas duas vagas para preencher no STF com a futura saída dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.