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2 mil leitos parados

Especialista propõe investir em hospitais públicos e parar obras nos de campanha

No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência para Covid-19, 113 dos 381 leitos estão parados
No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência para Covid-19, 113 dos 381 leitos estão parados -

Apesar da falta vagas nos hospitais, quase 2 mil leitos em unidades das redes municipal, estadual e federal (28% do total) continuam impedidos de funcionar. Passados 80 dias desde o início da quarentena, dos sete hospitais de campanha encomendados pelo governo do estado apenas o do Maracanã foi entregue. Para especialistas, as obras nessas unidades deveriam ser paralisadas imediatamente.

"Os gestores precisam entender que esse esforço não vale mais à pena. Agora, é preciso concentrar todas as forças para que os leitos que já existiam voltem a funcionar", diz o médico sanitarista da Fiocruz, Daniel Soranz.

O argumento se baseia na comparação entre leitos de unidades fixas e de campanha. No Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, 108 dos 176 leitos estão parados. No hospital do Riocentro estão internados exatamente 108 pacientes. A unidade foi projetada para 500 leitos, mas 317 estão impedidos.

Os hospitais públicos do Rio somam 7.068 leitos, dos quais 1.998 não podem ser ocupados. No Ronaldo Gazolla, são 381 leitos, 113 impedidos. Segundo Soranz, por falta de insumos e pessoal. O Hospital Eduardo Rabelo, em Senador Vasconcelos, tem 133 leitos. Onze estão ocupados e os demais parados.

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