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Colégio de Niterói adota live como alternativa para aproximar pais e alunos

Psicólogos e pedagogos têm feito lives com os pais, dando dicas de como 'manter o equilíbrio' durante a quarentena

Manuela Freire, diretora do colégio
Manuela Freire, diretora do colégio -
Niterói - Cantor sertanejo, grupo de pagode, filósofo, personal trainer. A mania das lives invadiu o período da quarentena, e até escolas entraram na onda para não deixarem os alunos sem atividades em casa. É o caso do colégio Colégio Monsenhor Raeder, localizado no bairro do Bareto, em Niterói, que tem feito lives até para os pais. Entre os assuntos, dicas de como tornar produtivo o período de isolamento da criançada. 
"Percebemos a necessidade de estarmos presentes. De compartilharmos as dificuldades e aprendizados deste período de isolamento entre os pais e ouvir cada experiência", comenta a diretora administrativa Manuela Freire. "A maior dificuldade dos pais nesse período de confinamento é organizar uma rotina de estudo dos filhos, um horário para sua organização de trabalho home office e suas atribuições domésticas. Dividir horários com os filhos é algo que as famílias não estavam preparadas nesse momento. Diante de tantas incertezas e expectativas de que toda essa situação acabe logo, acaba gerando uma ansiedade em todos os membros da família", explica a coordenadora pedagógica Elayne Jardim.
As lives com o corpo pedagógico do colégio acontecem às quartas-feiras, a partir das 20h, nas redes sociais da instituição. Elas têm, entre os assuntos, dicas de como manter a mente em equilíbrio durante a quarentena, como não "pirar em casa" com os filhos e sugestões de alimentos que ajudam na ansiedade da criançada, que também tem sofrido com o confinamento. Niterói reabriu algumas atividades comerciais na última semana, mas os colégios ainda não retomaram as atividades. "Para as crianças a maior dificuldade é estar longe do convívio dos seus colegas , da rotina escolar, falta da explicação da professora , do contato físico, do recreio, das brincadeiras no pátio. Criança precisa de movimento, de interação", comenta Elayne.
O colégio é um dos que já admitem adotar o ensino à distância após a quarentena. "Não adotávamos, pois não havia regulamentação para essa modalidade na educação básica. O EAD na educação básica está regulamentado para o período da pandemia, todavia nesse processo estamos aprendendo muito com ele. É muito provável que após toda essa situação passar ele seja utilizado como forma de complementação", disse o diretor executivo Douglas Aguiar.
Manuela Freire, diretora do colégio DIVULGAÇÃO
Coordenadora pedagógica Elayne Jardim (esq) e o o diretor executivo Douglas Alcântara ARQUIVO PESSOAL