Antifascistas tachados de terroristas por Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar seus opositores. Copiando Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ele chamou os integrantes de movimentos antifascistas de "marginais" e "terroristas". Ontem, pelo Twitter, Bolsonaro disse que são promotores do "caos" e os que se valem da violência como forma de protesto não são meros manifestantes.

"Quem promove o caos, queima a bandeira nacional e usa da violência como uma forma de 'protestar' é terrorista, sim! Manifestante, contra ou a favor do governo, é outra coisa", publicou o presidente, que tem participado de atos antidemocráticos contra o Congresso e o TSE.

Na segunda-feira, sem tentar se desvincular dos atos antidemocráticos, Bolsonaro pediu para apoiadores não irem às ruas no próximo domingo, quando está marcada nova manifestação contra o fascismo e o seu governo. No último domingo, as polícias reprimiram com violência manifestantes contra o governo em várias capitais. Ontem, um protesto em frente ao STF, em Brasília, um ato pediu o impeachment de Bolsonaro.

Um dos líderes do movimento Somos Democracia, Danilo Pássaro reagiu ao artigo do vice-presidente Hamilton Mourão publicado ontem no jornal O Estado de S. Paulo. No texto, o general chama de "baderneiros" os participantes de atos em defesa da democracia. "Ao contrário do que diz o vice-presidente, são os apoiadores do governo que expõem armas. Nossa força não está na violência, está na construção da unidade nacional pela democracia", afirmou. "Baderna é o que o governo está fazendo com a República e com o Executivo".