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Preso em mansão

Bombeiro é acusado de obstrução nas investigações da morte de Marielle e Anderson

Segundo investigações, Maxwell cedeu seu carro para que bando escondesse armas que foram descartadas
Segundo investigações, Maxwell cedeu seu carro para que bando escondesse armas que foram descartadas -

A Operação Submersus 2, do Ministério Público (MP/RJ) e da Polícia Civil, prendeu, na manhã de ontem, o sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel, de 44 anos. Ele é acusado de obstrução nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O militar é apontado como cúmplice do sargento reformado da PM Ronnie Lessa, preso em março do ano passado, acusado de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson.

Segundo investigações, o bombeiro cedeu seu carro para que o grupo ligado a Lessa escondesse as armas que foram descartadas no mar da Praia da Barra da Tijuca. A polícia diz que o veículo passou a noite no estacionamento de um supermercado na Barra.

Para o delegado Daniel Rosa, titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, Maxwell participou diretamente do descarte das armas no mar. "Maxwell e Lessa são duas pessoas extremamente ligadas, tanto na vida do crime quanto na vida social. Nós temos imagens, medidas cautelares que foram implementadas ao longo dessa investigação, provas testemunhais, dados e análise de vínculos", ressaltou.

Maxwell já tinha sido alvo de um mandado de busca e apreensão e era investigado no caso Marielle e Anderson. O bombeiro foi preso em uma mansão num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. No imóvel, foram apreendidos celulares, documentos e uma BMW avaliada em R$ 170 mil. De acordo com a Polícia Civil, ele será investigado por enriquecimento ilícito por conta do salário incompatível com os bens apresentados. A defesa de Maxwell afirma que não concorda com as acusações.