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Reação será com todo o rigor da lei

Instituições criticam uso de fogos contra o STF

Uma nova tentativa de intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF), com manifestantes disparando fogos de artifício contra o prédio da instituição, em Brasília, na noite de sábado, causou ontem uma série de condenações ao protesto antidemocrático e a abertura de um inquérito, determinado pelo Ministério Público Federal (MPF).

A ação foi realizada por cerca de 20 integrantes de um grupo chamado "300 do Brasil", que é liderado pela militante Sara Winter, ex-assessora de Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo do presidente Jair Bolsonaro.

"Isso para mostrar ao STF e ao governo do Distrito Federal que nós não vamos 'arregar'. Repararam que o ângulo dos fogos está diferente da última vez? Se preparem, Supremo dos bandidos", ameaçou um manifestante, em vídeo nas redes sociais. "Desafiem o povo. Vocês vão cair. Nós vamos derrubar vocês, seus comunistas", ameaçou um manifestante em outro vídeo, no qual também xinga o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Em nota, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, afirmou que o tribunal "jamais se sujeitará" a "nenhum tipo de ameaça". Toffoli acrescentou que os ataques ao STF tem sido "financiados ilegalmente" e estimulados "por integrantes do próprio Estado".

Já o ministro Alexandre de Moraes, em publicação nas redes sociais, comparou o ato à ação de " verdadeiras organizações criminosas" e afirmou que "a lei será rigorosamente aplicada".