Mais Lidas

Inquérito das fake news vai continuar

Ministros do STF também mantêm Weintraub como investigado

Para Alexandre de Moraes há provas de associação criminosa
Para Alexandre de Moraes há provas de associação criminosa -

O inquérito que apura as notícias falsas (fake news) distribuídas em redes sociais e instigava a agressão a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares vai prosseguir. O plenário do Supremo decidiu seguir o voto do relator, ministro Edson Fachin, e dar prosseguimento ao processo, além de manter o ministro da Educação, Abraham Weintraub, como investigado.

Primeiro a votar, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que há provas que apontam para a real possibilidade de uma associação criminosa ter sido formada para a disseminação das fake news. Ele disse que liberdade de expressão não é liberdade de agressão.

Em seu voto, o ministro leu uma das ameaças. "'Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF'. Em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é bandidagem, criminalidade", disse Moraes.

O ministro Luís Roberto Barroso afirmou que "a democracia não tem espaço para a violência, para as ameaças e para o discurso de ódio. Isso não é liberdade de expressão. Isso tem outro nome, se insere dentro da rubrica maior que é a criminalidade."

Para a ministra Rosa Weber, "a desinformação divulgada em larga escala passou a influenciar a sociedade nos mais diversos temas, produzindo um choque de realidade sobre a dimensão do problema".

"Estamos aferindo atos gravíssimos que se enquadram no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional, na Lei de Organizações Criminosas e são atos equiparados ao terrorismo", afirmou o ministro Luiz Fux. O julgamento deve continuar hoje.