Da grelha pras grades

Mesmo faltando quatro vezes aos depoimentos marcados no Ministério Público, alegando emergências médicas, Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, encontrava tempo para churrascos e consumo de bebidas alcoólicas no sítio em que estava, em Atibaia, no interior de São Paulo.

Agora, no Complexo de Gericinó, em Bangu, o 'regime' é diferente: ficará em uma cela de seis metros quadrados, durante os primeiros 14 dias, isolado devido à pandemia da Covid-19. Assim como todos os detentos, na cadeia, ele tem direito a quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar.

A vida de festas caseiras foi apontada na denúncia do Ministério Público do Rio, que o levou à prisão na quinta, após investigação aberta com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas em suas contas.

Fotos reveladoras

Das fotos anexadas na denúncia, uma delas chama a atenção: Queiroz está com a camisa do Vasco, cuidando de espetos com carne em uma churrasqueira do sítio. Em uma das mãos, segura uma cerveja. A foto foi tirada no dia 8 de dezembro, data em que o time de futebol do Cruzeiro foi rebaixado. Dias antes, o clube mineiro havia perdido para o Vasco. Em outra, ele aparece temperando um peixe.

As fotos foram enviadas para a sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, que está foragida. No diálogo, Queiroz conta que tinha a companhia do filho, Felipe, e de suas "amiguinhas".