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Weintraub causa nova polêmica

Uso de passaporte diplomático está sendo investigado

A exoneração do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, e sua ida repentina para os Estados Unidos por suposta perseguição, e o uso — ou não — do passaporte diplomático, que deveria ter sido entregue por ocasião do seu desligamento, ainda vão dar muito "pano pra manga", segundo especialistas em Direito Público e Internacional. Ontem o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) questionou o Ministério das Relações Exteriores se o passaporte utilizado foi o diplomático.

Weintraub chegou no sábado a Miami, mesmo dia em que foi exonerado. A data do decreto foi retificada ontem, no Diário Oficial, antecipando em um dia a exoneração do então ministro, que foi indicado pelo Palácio do Planalto a uma vaga no Banco Mundial, em Washington.

Enquanto a polêmica envolvendo as datas da saída de Weintraub prosseguem, o presidente Jair Bolsonaro — que ontem recebeu ordem da Justiça de Brasília para usar máscara quando circular pela capital — mantém a procura por um novo ministro da Educação. Segundo fontes do governo, o presidente busca um perfil técnico e menos polêmico do que Weintraub para ocupar o cargo, num esforço para diminuir os atritos com os poderes Legislativo e Judiciário. Bolsonaro também deseja um ministro que apresente planos para a retomada das aulas em agosto.