Cento e doze dias após o governo do Estado decretar o isolamento social, bares, restaurantes e academias, assim como estúdios de depilação e tatuagem, podem voltar a funcionar. Esses estabelecimentos estão na terceira fase do plano de reabertura da Prefeitura do Rio, e terão que seguir restrições e as regras de ouro, que incluem distância mínima entre clientes, higienização dos ambientes e oferta de álcool em gel.
Bares, lanchonetes, restaurantes, padarias e lojas de conveniência poderão receber clientes em mesas distantes dois metros umas das outras, dando preferência a locais abertos, e com metade da capacidade. O serviço de self-service e música ao vivo continuam proibidos pela prefeitura.
As lojas do comércio de rua, incluindo galerias e centros comerciais, podem abrir das 11h às 17h, com no máximo um terço da capacidade. Praças de alimentação em shoppings devem seguir as regras para restaurantes.
Os salões de beleza, barbearias, estúdios de depilação e tatuagem, poderão receber clientes apenas com hora marcada. O serviço simultâneo de vários profissionais ainda não foi liberado. Os espaços não podem passar da capacidade de 4m² por pessoa.
O município do Rio de Janeiro contabilizou ontem 57.879 casos confirmados de Covid-19, com 6.618 óbitos.
Especialistas falam sobre retomada
“Como vem sendo abordado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o relaxamento das medidas sanitárias deve ser realizado através de um processo dividido em fases e observando, com cuidado, os dados epidemiológicos nacionais e locais. No caso do Rio de Janeiro, os dados epidemiológicos mais recentes indicam que os óbitos por covid-2019 só aumentam. A abertura dos estabelecimentos da fase 3 deveria ser revista pelas autoridades do Município.”
Para o mestre em Ciência da Motricidade Humana e professor de educação física da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Sandro Legey, as academias de ginástica devem apostar em um modelo que mescla aulas presenciais e virtuais, uma vez que durante o isolamento, os alunos se adaptaram ao modelo digital e ainda podem ter receio de retornar aos estabelecimentos.
"Quando a situação atual acabar, haverá um período de transição. Parte dos membros matriculados voltará às aulas regulares, enquanto outra continuará malhando em casa. Portanto, o serviço funcionaria para manter o vínculo nesta fase e atrair os alunos de volta para a academia", afirma Legey.