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Motéis se adaptam ao novo normal para a flexibilização da quarentena

Funcionários de hotéis redobram os cuidados com a limpeza em épocas de pandemia do novo coronavírus
Funcionários de hotéis redobram os cuidados com a limpeza em épocas de pandemia do novo coronavírus -

Depois de praticamente três meses "na seca", empresários cariocas começam a ver luz no fim do túnel. É que com a flexibilização da quarentena, donos de motéis e casas de entretenimento adulto da cidade reacendem a esperança de reconquistar a tão animada clientela.

As sex shops on-line, por exemplo, fizeram a festa durante o isolamento social, garantindo o controle emocional de quem não tinha um par fixo para se aconchegar em casa. Agora, com a reabertura dos estabelecimentos, vão ter que rebolar para manter o ritmo de vendas. No Nosso Hotel, na Avenida Niemeyer, o número de entradas já teve um pequeno aumento nesta semana, mas nada comparado aos velhos tempos.

"Em 2018, nós tínhamos cerca de 80 entradas por dia. Mas o fechamento da Niemeyer por quase um ano nos prejudicou. E quando começamos a recuperar, veio a pandemia. No momento, estamos com cerca de 20 entradas por dia", afirmou Márcia Costa, de 56 anos, dona do estabelecimento.

O motel não fechou em nenhum momento da pandemia. Contudo, tomou precauções. Metade dos funcionários, que são do grupo de risco, está em casa. A limpeza dos quartos também foi reforçada. "Estamos usando produtos ainda mais fortes para a limpeza. Estamos aprendendo a conviver com essa nova realidade", completou Márcia.

E para tentar amenizar a recessão, economia se tornou a palavra-chave. "Antes, eu comprava os produtos por meio de fornecedor. Agora, eu mesma estou indo ao mercado. Sou teimosa, não quero dar o braço a torcer para essa crise", destacou a empresária.

Álcool em gel em casa de entretenimento adulto

Uma casa de entretenimento adulto da cidade só voltou a abrir na quinta-feira, depois de mais de três meses fechada. O movimento ainda é baixo e as garotas de programa estão com medo de retornarem ao trabalho. "Eu tinha de 15 a 20 meninas, só apareceram cinco. Uma delas disse que fez o teste rápido de Covid-19 para saber se já tinha os anticorpos. Como deu negativo, ela preferiu não vir", contou o dono da boate, que não quis ser identificado.

Tanto na entrada do estabelecimento como no bar foram colocados vidros de álcool em gel. Dentro dos quartos, há dispensers com o produto. "Como temos um público mais coroa, eles estão precavidos. Nesses dias, percebi um movimento maior dos jovens", acrescentou a gerente do local, que também pediu anonimato. No mês passado, a Barbarella Boite, em Copacabana, encerrou as atividades após 44 anos.

Álcool gel em boates para adultos

Uma casa de entretenimento adulto da cidade só voltou a abrir na quinta-feira, depois mais de três meses fechada. O movimento ainda é baixo e as garotas de programa estão com medo de retornarem ao trabalho. "Eu tinha de 15 a 20 meninas, só apareceram cinco. Uma delas me mandou uma mensagem dizendo que fez o teste rápido de covid-19 para saber se já tinha os anticorpos. Como deu negativo, ela preferiu não vir", contou o dono da boate, que não quis ser identificado.

Tanto na entrada do estabelecimento como no bar, foram colocados vidros de álcool gel. Dentro dos quartos, há dispensers com o produto. "Acredito que o movimento seja maior daqui a umas duas semanas. Mas como temos um público mais coroa, eles estão precavidos. Nesses dias, eu percebi um movimento maior dos jovens", acrescentou a gerente do local, que também pediu anonimato.

No mês passado, a Barbarella Boite, em Copacabana, encerrou as atividades após 44 anos. A tradicional casa de striptease foi visitada pela banda U2, em 1998, e eternizada por Cazuza na música "Só as mães são felizes", de 1985.

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