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Aulas com segurança

Professores temem que reabertura de escolas na pandemia aumente contágio

Sindicato de Profissionais da Educação alega que escolas não têm estrutura para garantir protocolos
Sindicato de Profissionais da Educação alega que escolas não têm estrutura para garantir protocolos -

A previsão de retorno às aulas nas escolas municipais do Rio em agosto preocupa a comunidade escolar. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que faz parte do Grupo de Trabalho da Secretaria Municipal de Educação (SME) para discutir regras para a volta, é contra a retorno.

Para Gustavo Miranda, coordenador-geral do Sepe, a retomada provocará aumento do contágio. "Não há nenhum dado científico que indique ser prudente o retorno. Imagina a estrutura da escola, além do transporte, sem o mínimo de segurança", afirma.

Segundo o sindicato, a SME fez um questionário para servidores indicarem comorbidades para a Covid-19. Segundo Duda Quiroga, representante do Sepe no Grupo de Trabalho, o questionário não foi pedido pelo grupo. "Nos causou estranheza isso chegar aos professores, como sendo uma demanda do Grupo de Trabalho", diz.

O Sepe defende que a prefeitura siga as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde e garanta o retorno apenas quando houver o controle da doença. "Os protocolos são bons, mas é impossível garanti-los no mundo real. Uma escola que sofre com inúmeros problemas estruturais não vai conseguir garantir segurança", afirmou Miranda.