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Vídeo! 'Não sou ladrão e não deixarei que corruptos e ladrões estejam no meu governo', diz Witzel

Governador deu a declaração um dia após a notícia de que o ex-secretário Edmar Santos o incriminou em delação premiada à PGR

Wilson Witzel voltou às redes sociais para falar sobre a suposta delação premiada de Edmar Santos
Wilson Witzel voltou às redes sociais para falar sobre a suposta delação premiada de Edmar Santos -
O governador Wilson Witzel (PSC) voltou a se manifestar sobre a informação de que o ex-secretário de Saúde Edmar Santos entregou provas o incriminando ao firmar acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Em vídeo divulgado em seus perfis nas redes sociais na manhã desta quarta-feira, o governador afirmou que não é ladrão e que não deixará que corruptos participem de seu governo.
Foi a terceira vez que Witzel falou sobre o caso publicamente desde que ele veio à tona ontem. Nas imagens divulgadas nesta quarta, o governador diz que as acusações contra ele são levianas e que são feitas por "quem não quer um juiz governando o Estado do Rio de Janeiro".
"Quero dizer ao povo do Estado do Rio de Janeiro: fui juiz federal por 17 anos. Na minha carreira, tive uma vida ilibada, fui considerado um juiz linha dura. Me elegi governador do Estado do Rio de Janeiro. Todas essas acusações levianas que estão sendo feitas contra mim é por parte de gente que não quer um juiz governando o Estado do Rio de Janeiro. Não sou ladrão e não deixarei que corruptos e ladrões estejam no meu governo. Peço ao povo do Estado do Rio de Janeiro que acredite, pois nós vamos vencer essa guerra contra a corrupção", afirmou, no vídeo de quase 40 segundos.
Mais cedo, Witzel já tinha se manifestado sobre a suposta delação premiada em nota divulgada pela assessoria do governo do estado. Na ocasião, ele classificou sua gestão na Saúde do estado como "pioneira" por quebrar o sigilo dos contratos firmados pela Secretaria de Saúde durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Ontem, pelo Twitter, Witzel disse que jamais se desviou "pelo caminho da lei" e que desde janeiro de 2019, quando assumiu o mandato, seu objetivo é reerguer o estado.
NA MIRA DO MPF
O ex-secretário Edmar Santos foi preso na última sexta-feira, acusado de fazer parte da uma quadrilha que se instalou na Secretaria de Saúde para desviar verbas durante a pandemia. A organização criminosa, que já teve 11 pessoas presas, teria movimentado 36.922.920,00 dos cofres públicos do estado.
Edmar também é investigado, juntamente com Witzel, pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Placebo, que foi realizada no dia 26 de maio. Na ocasião, ele e o governador foram alvos de mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em vários endereços.