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Rio de contrastes

Hospital recebe aparelhos, em meio a aglomerações

Em plena pandemia, pacientes aglomerados aguardam internação ou cirurgia na sala verde, muitas vezes até em pé por falta de macas
Em plena pandemia, pacientes aglomerados aguardam internação ou cirurgia na sala verde, muitas vezes até em pé por falta de macas -

Enquanto o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), posava, ontem, para as câmeras na entrega de equipamentos no Hospital Municipal Souza Aguiar (HSA), no Centro, nos bastidores o cenário continuava sendo o de drama de pacientes e funcionários. Na promessa de uma modernização tecnológica, Crivella entregou 211 novos aparelhos no complexo que conta com o hospital, o centro de emergência regional e a Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda. Fora dos holofotes, a sala verde do HSA, que deveria acolher doentes em observação, comportava mais de 50 pessoas no mesmo espaço, segundo pacientes, sem distanciamento social.

Desde 15 de julho no HSA, a consultora de vendas Rosimar Oliveira, de 47 anos, conta que ficou seis dias na sala verde e passou 36 horas sentada em uma cadeira de plástico, porque não tinha sequer uma maca. Ela aguarda cirugia na vesícula, já foi transferida para a enfermaria, mas ainda está sem previsão. Ela definiu a sala verde como "um inferno".

A neta de uma paciente de 96 anos, que pediu anonimato, conta que a avó está com prolapso retal, precisando de cirurgia, mas foi dispensda, mesmo com sangramento, porque não tem condições de operar. Até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal de Saúde não havia dado retorno.

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