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Covid afeta o samba

Incertezas sobre o Carnaval mergulham escolas em crise e funcionários não são pagos

Trabalhos nos barracões da Cidade do Samba estão paralisados devido às indefinições sobre os desfiles do ano que vem
Trabalhos nos barracões da Cidade do Samba estão paralisados devido às indefinições sobre os desfiles do ano que vem -

Em um cenário de incertezas sobre os desfiles de Carnaval do ano que vem e com uma crise financeira que se acumula, em meio à pandemia da Covid-19, as escolas de samba do Grupo Especial do Rio precisaram tomar uma medida drástica, para não enrolarem suas bandeiras: a maior parte das agremiações cortou os pagamentos dos funcionários até que uma decisão sobre o evento seja tomada. Ontem, a Mangueira anunciou que não consegue mais manter os salários de seus 50 trabalhadores. E ela não é a única. As tradicionais Vila Isabel, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense só estão remunerando funcionários com carteira assinada e temem pelo futuro.

"É uma situação dolorosa, mas é um gasto de R$ 77 mil por mês com a folha de pagamento. São quatro meses sem nenhuma receita. A quadra está fechada, não tem eventos", lamentou Elias Riche, presidente da Verde e Rosa. Em uma campanha nas redes sociais, a agremiação já conseguiu doar 14 mil cestas básicas para a sua comunidade, incluindo as famílias dos funcionários.

Na Vila Isabel, os colaboradores só receberam salários até abril. "Não tem recurso, não tem como fazer milagre. Estamos pagando os sete funcionários que têm carteira assinada. Já temos enredo e protótipos de fantasias e alegorias, mas dependemos de um posicionamento do poder público se terá Carnaval", afirmou o presidente Fernando Fernandes.

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