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Hotelaria em alerta

Setor teme que suspensão da queima de fogos em Copacabana agrave a crise

Da areia da praia, público assistia a show na fachada do Copacabana Palace
Da areia da praia, público assistia a show na fachada do Copacabana Palace -

O anúncio feito pela Prefeitura do Rio, na sexta-feira, de que iria suspender a queima de fogos em Copacabana, no Réveillon 2021, para evitar a aglomeração de cerca de 3 milhões de pessoas na praia, assustou o setor hoteleiro. Para a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ), a decisão ignora a iniciativa privada e impacta negativamente no setor, que investe mais de R$ 20 bilhões e emprega cerca de 100 mil pessoas somente na capital.

"É um absurdo. Nós vínhamos conversando com o presidente da Riotur para promover queima de fogos em vários pontos da cidade e não ter show em Copacabana. Então, é um total absurdo da prefeitura tomar essa decisão unilateralmente", disse Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ, lembrando que durante a quarentena o setor chegou a ter 80% dos estabelecimentos fechados e cerca de 20 mil empregos suspensos.

Por conta da repercussão negativa, a prefeitura se apressou em esclarecer que não houve cancelamento da festa, mas sim a previsão de remodelar o evento. Em nota, a prefeitura também garantiu que o diálogo ainda está sendo feito.

No virada do ano passado, a cidade bateu recorde de turistas, com 1,7 milhão de visitantes, um aumento de 21,4% em relação ao ano anterior. Segundo a ABIH, a ocupação de quartos de hotéis foi superior a 95% no fim de dezembro e início de janeiro, enquanto em 2018 foi de 90% e em 2017, 89%. O impacto no setor poderá ser fatal, segundo a associação.

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