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Refeitórios em agosto

Merendeiras foram testadas para Covid-19 e começam a ser convocadas para escolas

Rio, 27/07/2020  - COVID 19 - NOVO CORONAVIRUS - Coletiva com o Prefeito do Rio Marcelo Crivela, para mostrar indice das merendeiras infectadas. Riocentro. zona oeste do Rio. novo coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Rio, 27/07/2020 - COVID 19 - NOVO CORONAVIRUS - Coletiva com o Prefeito do Rio Marcelo Crivela, para mostrar indice das merendeiras infectadas. Riocentro. zona oeste do Rio. novo coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia -

O prefeito Marcelo Crivella afirmou ontem que os refeitórios de creches e escolas municipais do Rio vão voltar a funcionar no início de agosto. A data da reabertura ainda não foi decidida, mas as merendeiras já serão convocadas hoje e treinadas para receberem as crianças.

Segundo Crivella, inicialmente refeitórios de 168 escolas serão reabertos e vão funcionar de segunda-feira a sábado. A escolha das unidades foi feita com base em "áreas de maior vulnerabilidade social". Cerca de 20 mil crianças devem ser atendidas com café da manhã e almoço nas escolas.

"As cestas básicas continuarão chegando nas casas dessas crianças, mas a reabertura dos refeitórios é importantíssima para garantir a boa alimentação nesse momento de crise", disse Crivella. O comparecimento desses alunos da rede municipal nos refeitórios é voluntário.

Para a reabertura, a prefeitura realizou a testagem de funcionários da área de alimentação das unidades municipais de educação que se voluntariaram. No total, foram 3.188 testes rápidos do novo coronavírus realizados de 13 a 27 de julho. Cerca de 7% dos testados, 228 funcionários, apresentaram resultado positivo e já possuem os anticorpos da doença. São esses trabalhadores que voltarão a trabalhar nos refeitórios, o que diminuiria o risco de transmissão às crianças.

"Precisamos de duas merendeiras em cada escola, então a conta fechou. Mas se a demanda de crianças for maior, podemos contratar mais merendeiras já imunizadas. Daqui a 30 dias, esse grupo vai refazer o teste", afirmou Crivella.

Segundo pesquisadora, subnotificação pode ser maior

Para a professora e pesquisadora Maria Isabel de Souza, é possível que a quantidade de subnotificação seja ainda maior do que o apontado pelo estudo: "Tendo em vista outros dados, como o aumento do número de mortes em residência e o crescimento expressivo de pacientes com problemas respiratórios que, na verdade, estariam com a síndrome aguda respiratória, por exemplo", explica.

A especialista avalia que o relatório, mesmo sendo uma pesquisa autodeclarada, possibilita que o estado realize um mapeamento para localizar áreas de possível subnotificação. "O estado pode fazer testagens nesses locais para analisar se de fato, há casos de pessoas que tiveram a doença ou que ainda estão na fase inicial da infecção por covid-19. Por exemplo, ir a campo e mapear para que as ações de prevenção possam chegar a essas localidades de subnotificação e tentar evitar uma propagação do vírus e também que a doença se desenvolva no seu grau mais severo nas pessoas", esclarece.

*Estagiária sob supervisão de Martha Imenes

Rio, 27/07/2020 - COVID 19 - NOVO CORONAVIRUS - Coletiva com o Prefeito do Rio Marcelo Crivela, para mostrar indice das merendeiras infectadas. Riocentro. zona oeste do Rio. novo coronavirusrio. Foto: Ricardo Cassiano/Agencia O Dia Ricardo Cassiano/Agencia O Dia
Os dados da pesquisa foram coletados no período de 16 de maio a 4 de julho, por meio de um questionário virtual com 33.841 pessoas Gabriel Lobo/ Divulgação