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'Rainha das Plásticas' comparece à 20ª DP para depor sobre a morte de MC Atrevida

Wania Tavares é investigada depois dos procedimentos estéticos da funkeira em sua clínica

Wania Tavares é dona da clínica 'Rainha das Plásticas', em Vila Isabel, Zona Norte do Rio
Wania Tavares é dona da clínica 'Rainha das Plásticas', em Vila Isabel, Zona Norte do Rio -
A dona da clínica em que a MC Atrevida fez um procedimento estético antes de morrer, na segunda-feira, chegou à 20ª DP (Vila Isabel), que investiga o caso, para depor às 11h desta sexta-feira. Wania Tavares usou sua conta no Instagram para se defender na quinta-feira. Autointitulada como a 'Rainha das Plásticas', ela disse que estava com a "consciência tranquila". Na quinta-feira a clínica, que fica em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, foi interditada pela Vigilância Sanitária por falta de licença sanitária e de autorização para serviços de internação.

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MC Atrevida morreu após passar por procedimento cirúrgico em clínica de estética Reprodução Internet
MC Atrevida fez lipoescultura Reprodução DA Internet
Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida, morreu após passar por procedimento em clínica de estética na Zona Norte do Rio Reprodução Internet
Fernanda Rodrigues, a MC Atrevida, morreu após passar por procedimento em clínica de estética na Zona Norte do Rio Reprodução Internet
MC Atrevida morre após passar por procedimento cirúrgico em clínica de estética em Vila Isabel Reprodução Internet
A  MC Atrevida se submeteu a uma hidrolipo e faleceu no último dia 27.
Na ação realizada pela Prefeitura, que contou com o apoio de policiais da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), fiscais encontraram o estabelecimento fechado, o que impediu a inspeção. Sem a licença sanitária que é uma das exigências para o funcionamento, a clínica acabou interditada pela Vigilância.

Entenda o caso
A funkeira Fernanda Rodrigues, de 44 anos, conhecida como MC Atrevida, morreu, na última segunda-feira, depois de fazer uma cirurgia de lipoescultura em uma clínica em Vila Isabel, na Zona Norte. No dia 16 de julho, ela realizou o procedimento estético para retirar gordura das costas e colocar nos glúteos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda deu entrada na emergência do complexo hospitalar Evandro Freire, na Ilha do Governador, Zona Norte, no domingo passado, com fortes dores. No declaração de óbito, a causa da morte consta como septicemia (infecção generalizada) e infecção cutânea.

Em nota, a pasta também que a paciente foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, "mas morreu no dia seguinte e seu corpo foi encaminhado para o IML, que tem a responsabilidade de determinar o que causou o óbito'.
“A clínica não tem preparação nenhuma para fazer uma cirurgia, não tem balão de oxigênio e nem CTI. Após a morte da Fernanda, outras famílias apareceram dizendo que parentes morreram após procedimentos nessa clínica, mas ficaram com medo de denunciar por causa de ameaças”, disse a jornalista Luciana Picorelli, amiga de Fernanda.
De acordo com Luciana, o advogado da família iria entrar ontem com pedido de prisão preventiva contra a dona da clínica, Wania Tavares, que se intitula como “Rainha das Plásticas”. Procurada, Wania não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Em uma live publicada no Instagram, a "Rainha das Plásticas" disse que está com a "consciência tranquila". "Como vai sair na TV, eu já vou explanando porque vocês têm o direito de já saber. Eu estou com a minha consciência supertranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente", esclareceu.
Wania levantou a hipótese da MC já ter feito outro procedimento, anteriormente, com outro produto que possa ter reagido à gordura injetada em sua clínica. "Conversando com a filha dela, a filha dela falou: ' Deixa eu te perguntar, o que foi colocado na bunda dela, porque a médica disse que pode ter sido colocada alguma mistura?'. Wania argumentou que a pergunta da médica, a fez pensar que Fernanda Rodrigues já pudesse ter feito outra intervenção, já que ela diz não ter sido injetado silicone industrial em sua clínica.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) esclareceu, em nota, que irá apurar os fatos em questão, por meio de sindicância. "Este procedimento é sigiloso, seguindo as normas do Código de Processo Ético Profissional".