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Viação Estrela encerra atividades

Esta foi a 15ª empresa de ônibus no Rio que fechou as portas nos últimos 5 anos

Empresa alega que não conseguiu resistir ao colapso financeiro
Empresa alega que não conseguiu resistir ao colapso financeiro -
A Viação Estrela anunciou o encerramento das suas atividades na última sexta-feira (31). A empresa de ônibus, que tinha 15 linhas na Zona Norte, já enfrentava dificuldades de continuar operando e não resistiu ao colapso econômico-financeiro na área de transportes, principalmente neste período de pandemia do novo coronavírus. Esta foi a 15ª empresa de ônibus que fechou as portas no Rio de Janeiro nos últimos 5 anos.

As linhas afetadas foram: 265 (Marechal Hermes-Castelo, Via Av. Dom Hélder Câmara), SP265 (Marechal Hermes-São Cristóvão, Via Av. Dom Hélder Câmara), 311 (Engenheiro Leal-Candelária, Via Del Castilho e São Cristóvão), 349 (Rocha Miranda-Castelo), 350 (Irajá-Passeio, Via Praça das Nações), SP350 (Irajá-Candelária, Via Praça Das Nações), SR350 (Irajá-Passeio, Rápido), 363 (Vila Valqueire-Candelária, Via Dias da Cruz e Uerj), SV363 (Vila Valqueire-Candelária, Via Rua Dálias, Dias da Cruz e Uerj), SR363 (Vila Valqueire-Candelária, Via Todos os Santos e Radial Oeste), 651 (Méier-Cascadura, Via Lins), 652 (Méier-Cascadura, Via Tomaz Coelho), 653 (Marechal Hermes-Méier), 678 (Vila Valqueire-Méier), 711 (Rocha Miranda-Rio Comprido, Via Inhaúma e Benfica).

Luiz Henrique Rodrigues, de 30 anos, costumava pegar o 711 diariamente e conta que, antes das atividades serem encerradas, o intervalo entre os ônibus havia aumentado muito. “Tinham poucos ônibus. O intervalo entre um e outro era de mais ou menos uma hora. Isso sem falar que os ônibus terminavam de rodar muito mais cedo do que o normal. Achei muito estranho”, conta o passageiro.

Ele revela ainda que os ônibus estavam em condições precárias. “A qualidade dos ônibus era muito ruim. Não tinha ar condicionado em nenhum deles e em alguns chegava até ter barata”, afirma Luiz Henrique.

Nas redes sociais, também foi possível notar a insatisfação dos passageiros que pegavam uma destas quinze linhas. “Muito triste. Moro na região de Pilares e estamos sem ônibus. Isso não pode acontecer. Tem gente que depende dos transportes coletivos para trabalhar”, disse Maria de Fatima dos Santos.

Em nota, o Consórcio Internorte afirmou que “a viação Transportes Estrela paralisou suas atividades por absoluta falta de condições de seguir em operação, que ficou inviabilizada em razão do colapso econômico-financeiro que vem atingindo todo o setor de transporte por ônibus no Município do Rio de Janeiro”.

A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o encerramento da empresa. Porém, garantiu que é de responsabilidade do consórcio absorver e operar as linhas se alguma empresa integrante encerrar as atividades, mantendo a frota em circulação.

Segundo José Carlos Sacramento, vice-presidente do Sintraturb Rio, o fechamento da Viação Estrela provocou o afastamento de 450 funcionários. “Vamos aguardar agora o caminho que a empresa irá tomar em relação às indenizações dos profissionais”. Sacramento disse ainda que outras empresas que fazem parte do consórcio já estão rodando no itinerário que a Viação Estrela fazia.

Consórcio cobre itinerários

A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o fim da empresa. Porém, garantiu que é de responsabilidade do consórcio absorver e operar as linhas se alguma empresa integrante encerrar as atividades, mantendo a frota em circulação. E segundo José Carlos Sacramento, vice-presidente do Sintraturb Rio, o fechamento da Viação Estrela provocou o afastamento de 450 funcionários. "Vamos aguardar agora o caminho que a empresa irá tomar em relação às indenizações dos profissionais". Sacramento disse ainda que outras empresas do consórcio já estão rodando no itinerário que a Viação Estrela fazia.