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Ainda sem salário

Funcionários do Hospital Alberto Torres estão sem pagamento há dois meses

Funcionários do Heat relatam dificuldades e afirmam serem coagidos para fazer horas extras
Funcionários do Heat relatam dificuldades e afirmam serem coagidos para fazer horas extras -

Mais de um mês após o começo das denúncias, funcionários do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, continuam com o salário atrasado e passando dificuldades. Diante da visível crise administrativa, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Instituto Lagos Rio, responsáveis pelo funcionamento do hospital, permanecem transferindo as responsabilidades uns para os outros, sem resolver o problema. 

"Eu peguei empréstimo para pagar minhas contas, estou há três meses acumulando dívidas. Muita gente está com o bilhete único sem saldo e, se não vai trabalhar, é obrigado a assinar advertência. Quem consegue ir é coagido a fazer extras para suprir a falta de quem não vai. E não podemos reclamar nem denunciar porque fomos ameaçados de demissão", relata uma funcionária, que pediu anonimato.

Em nota, a SES afirmou que no começo de julho repassou R$ 20,4 milhões para a OS Lagos Rio. "R$ 18,3 milhões foram destinados ao pagamento de trabalhadores e R$ 2,1 milhões foram para custeio". A SES garantiu que fará o repasse referente ao mês de julho até hoje e que o pagamento dos salários cabe à organização social.

Sobre os repasses, a SES afirmou que deve entrar com investigação "por meio da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização, que vai exigir da OS a prestação de contas para apurar se o pagamento dos salários de junho foi realizado e, em caso negativo, saber qual o motivo do atraso".