Médico na delegacia

Cirurgião chega de cadeira de rodas para depor

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Investigado pela morte da funkeira MC Atrevida, de complicações de um procedimento estético, o médico Wilson Ernesto Garlaza Jara prestou depoimento ontem, na 20ª DP (Vila Isabel), na Zona Norte do Rio.

Chegando e saindo em uma cadeira de rodas, o médico, que é equatoriano, não falou com a imprensa. De acordo com o advogado de defesa, Carlos Costa, o médico está debilitado por conta de um AVC, do qual está se recuperando — motivo de ter faltado ao primeiro depoimento, na semana passada.

"Eu comuniquei à polícia que ele não se encontra em condições psicológicas, não está lúcido, porque sofreu dois AVCs, três dias depois do procedimento. Mas o trouxemos para mostrar nossa boa vontade", argumentou Carlos. "Ele pouco pôde acrescentar sobre o episódio envolvendo a Fernanda (a MC Atrevida), disse apenas que não se lembra de ter acontecido nenhum evento problemático no procedimento", completou.

Ao delegado titular, André Neves, o médico disse ter realizado mais de 4.600 procedimentos similares. "Estamos aguardando resposta oficial do Conselho Regional de Medicina e vamos colher outros depoimentos. Se ficar constatado que ele não tinha expertise para realizar um procedimento cirúrgico, a investigação pode ir por essa linha de não só um erro médico, como a imputação de um fato delituoso", pontuou o delegado.

Fernanda Rodrigues, de 43 anos, a MC Atrevida, morreu no último dia 27 após realizar hidro lipoaspiração e enxerto nos glúteos na clínica Rainha das Plásticas, em Vila Isabel.

Cirurgião de MC Atrevida chegou para depor em cadeira de rodas
Cirurgião de MC Atrevida chegou para depor em cadeira de rodas Gilvan de Souza