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Escolas particulares continuam fechadas

Em seis bairros, maioria das unidades optou por não reabrir

A prefeitura autorizou o retorno facultativo às aulas presenciais para turmas do 5º ao 9º ano em escolas particulares, mas os portões permaneceram fechados ontem. Professores e escolas divergem sobre o retorno. A reportagem circulou por seis bairros e não encontrou nenhuma escola aberta.

Na Tijuca, escolas tradicionais como São José e Batista Shepard estavam fechadas e, segundo funcionários, sem data prevista para reabertura. Outras unidades, como Intellectus, Palas e Futuro Vip, também permaneceram fechadas. No colégio Mopi, funcionários disseram que o retorno será avaliado apenas na segunda quinzena do mês.

A cena de portões fechados se repetiu em escolas do Centro, Humaitá e Botafogo. Algumas unidades, no entanto, decidiram abrir as portas. Segundo denúncias de profissionais, algumas obrigaram profissionais do grupo de risco a retornar ao regime presencial.

No sábado, professores das escolas particulares do município do Rio decidiram manter a greve iniciada no dia 6 de julho. Segundo o sindicato dos professores do Rio (Sindpro), nenhum docente se sente seguro para voltar ao regime presencial de trabalho.

"Nenhum órgão de saúde que temos consultado nos assegura que o momento de retorno é agora. O número de casos de Covid-19 tem aumentado. No Rio, está estabilizado, mas estabilizado em patamar elevado. A categoria só voltará às aulas presenciais com o respaldo de órgãos oficiais, como OMS, Fiocruz, UFRJ e Uerj", afirma Afonso Celso, vice-presidente do sindicato dos docentes.

Segundo o sindicalista, os profissionais não estão se negando a trabalhar. "Estamos em greve pela vida", disse o educador. Nenhum lugar do mundo ocorreu retorno às aulas presenciais, com o número de contágios e mortes beirando as 100 mil, como o Brasil vem sofrendo", disse Celso.