O sumiço ou redução de frota das cerca de 128 linhas de ônibus na capital fluminense aumentou a procura por transportes alternativos, como as vans. A proposta de rapidez e agilidade no serviço, esbarram nas cenas de irresponsabilidade de alguns motoristas: a falta de higiene e de proteção contra o novo coronavírus é considerada uma das principais. A Zona Oeste, uma das regiões mais afetada pela escassez do trasporte público, é campeã de reclamações.
"A gente usa a van porque muitas linhas de ônibus deixaram de existir e não conseguimos chegar em determinados bairros. A questão é que motoristas e cobradores não tem nenhum tipo de preocupação com a propagação do vírus. Isso é um absurdo. Algumas vans colocam na porta a obrigatoriedade do uso da máscara, mas os próprios responsáveis não estão nem aí para isso. A gente acaba usando o transporte, mas morrendo de medo", reclamou uma moradora de Campo Grande, que pediu para não ser identificada.
Nos bairros Santa Cruz, Cosmos, Campo Grande, Bangu e Realengo, a reportagem flagrou algumas cenas ilegais. Em Pelo menos sete, a cada dez vans que passavam pela Avenida Cesário de Melo, considerada como a via mais importante da região, os motoristas eram flagrados sem máscaras ou com o item encobrindo o queixo ao invés de proteger a boca e o nariz.