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É a favor do isolamento social

Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello afirma que apoia a medida

Rio - 10/08/2020 - Ministro Eduardo Pazuello, inaugura unidade de apoio ao diagnóstico da Covid19, na Fiocruz.              Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia  
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Rio - 10/08/2020 - Ministro Eduardo Pazuello, inaugura unidade de apoio ao diagnóstico da Covid19, na Fiocruz. Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia Byline -

Após o Brasil atingir a marca dos 101.752 óbitos pela pandemia do novo coronavírus, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem que apoia o isolamento social e que a decisão sobre medidas mais enérgicas cabem a governos e municípios. A fala do general foi dada durante a inauguração de uma unidade de processamento de testes da Covid-19 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte.

Na cerimônia, Pazuello deixou claro que os protocolos adotados no início da pandemia não foram eficazes e que teria sido necessário um tratamento precoce para reduzir as mortes no país. O que ele chamou de "estancar o sangramento". "Medidas preventivas e afastamento social são medidas de gestão dos municípios e estados e nós apoiamos todas elas", declarou o ministro interino.

A declaração vai contra suas posições recentes em relação ao tema. A defesa da autonomia dos municípios também diverge do modelo de isolamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Pazuello ainda se posicionou a favor do diagnóstico precoce e da medicação como alternativa a reduzir o número de mortes. Ele disse que o protocolo de procurar uma unidade de saúde só em caso de falta de ar, como era a orientação do Ministério da Saúde no início da pandemia, não funcionou. "Não está correto ficar em casa até passar mal com falta de ar. Não funcionou e deu no que deu. Diante de qualquer sintoma, procure uma unidade de saúde."

'Achatada, mas não diminuindo'

O diretor-executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, disse ontem que a curva de mortes pelo novo coronavírus no Brasil "está achatada, mas não diminuindo".

Ele ressaltou também que a hidroxicloroquina, defendida assiduamente pelo presidente Jair Bolsonaro para o tratamento da doença, não é a solução para o país, já que, segundo lembrou, não há comprovação da eficácia da substância.

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