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Fase 6 é adiada

Cinemas, teatros e casas de eventos seguem fechados

Apesar de a Prefeitura do Rio ter anunciado, no sábado, que a Fase 6 do plano de retomada das atividades avançaria, ontem, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que a permanência na Fase 5 se estenderá por mais 15 dias. Com isso, a reabertura de cinemas, teatros e casas de eventos na cidade foi adiada.

Na prática, as salas de entretenimento não tinham comprado a ideia da retomada. Numa ronda pela cidade e também por aplicativos de compra de ingressos, a reportagem só encontrou portas fechadas. Segundo representantes de cinemas, todos aguardavam a decisão final do município. 

De acordo com a prefeitura, dos sete indicadores básicos que sinalizam possíveis avanços na abertura, como ocupação dos leitos e casos de infecção, seis estão favoráveis. Mas o fator decisivo para o adiamento da sexta e última fase foi o índice de Síndrome Gripal, que aumenta há duas apurações.

Choque de interesses

A decisão não foi bem recebida pela categoria. Gilberto Leal, presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado do Rio, afirma que as salas têm protocolo seguro para reabrir, desde a compra dos ingressos até o consumo de pipoca.

"As pessoas também precisam de cultura, entretenimento. Os bares abrem e você vê o que está acontecendo. Nos cinemas, você tem certeza que só vai entrar um número específico de pessoas, que o distanciamento de dois metros vai ser respeitado e o lugar marcado dá segurança também. Você tem controle total", defende

O estudante de Publicidade Vinícius Agrícola, de 21 anos, tinha os cinemas como locais presentes em sua rotina. Agora, depois de ter se recuperado de uma infecção pelo novo coronavírus, a paixão pelas sessões foi deixada de lado em nome da cautela. A principal preocupação dele é com a aglomeração dentro das salas. "O cinema, para mim, é uma válvula de escape, mas vejo a reabertura como um processo complicado. Além de ter muita gente nas salas, é um ambiente fechado. Acho que deve ser uma das últimas coisas que devem ser abertas. Se possível, só depois da vacina, mas a indústria do entretenimento não vai ter essa paciência toda. Eu não me sujeitaria a ir", diz.