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Sobrou pra quem rala

Funcionários dos hospitais de campanha apontam calote e troca de cargo na carteira

A técnica de Enfermagem Ingrid dos Santos não recebeu rescisão
A técnica de Enfermagem Ingrid dos Santos não recebeu rescisão -

Como se não bastassem os salários atrasados e o não pagamento da verba rescisória, profissionais contratados pela OS Iabas para trabalhar nos hospitais de campanha de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, que ficaram prontos, mas não chegaram a ser ativados, foram surpreendidos, esta semana, com uma mudança de função na carteira de trabalho digital. De técnico de enfermagem e auxiliar de rouparia passaram a gerente de projetos e serviços de manutenção.

Sem receber pelos meses de junho e julho, enquanto aguardavam serem chamados para os hospitais, nem pela quebra de contrato pela Iabas, eles acreditam estarem sendo vítimas de mais uma fraude.

"A gente acredita que seja golpe, alguma estratégia para se livrarem de um possível processo coletivo", diz Verônica Bezerra, contratada para atuar no hospital em Caxias.

"Cobramos respostas, fazemos contatos, por telefone, WhatsApp e e-mail, mas ninguém da OS responde mais. Chegaram a marcar uma data para a homologação do término do contrato, mas desmarcaram e depois sumiram. Permaneço sem ter como dar baixa na minha carteira e dar entrada no seguro-desemprego", destaca Ingrid dos Santos, técnica de enfermagem em Caxias. Ela ainda aponta 'pagamento-fantasma' no extrato digital do INSS: "Aparecem salário e rescisão que nunca caíram na minha conta".

O Iabas afirma que, em relação à troca de função dos profissionais está fazendo uma apuração cuidadosa e que, caso exista algum equívoco, "o mesmo será sanado imediatamente".