Enquanto a queda de braço sobre o valor do Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, não tem um desfecho, a equipe econômica vai reduzir o valor à metade e prorrogar o auxílio emergencial até dezembro. Ou seja, sai o 'seiscentão' e entra o 'trezentão'. O pagamento seguirá os moldes atuais: primeiro recebem os beneficiários do Bolsa Família e em seguida os demais. O governo vai editar uma medida provisória com o novo valor e o prazo de pagamento.
No Estado do Rio, segundo o Ministério da Cidadania, 5,6 milhões de pessoas são elegíveis para receber o auxílio. O montante destinado a esses pagamentos chega a R$ 13,87 bilhões.
Assim como o Renda Brasil, o valor do auxílio emergencial foi ponto de discórdia pública entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendia R$ 200. Mas o valor foi considerado insuficiente por Bolsonaro. O embate entre os dois sobre os valores dos benefícios tem ocorrido, principalmente, por conta da fonte de custeio dos auxílios.
Atualmente, o governo destina R$ 30 bilhões para custear o Bolsa Família. O novo programa demandaria R$ 50 bilhões em recursos, pois traria para esta folha mais seis milhões de pessoas. Fontes informaram à reportagem que o tema Renda Brasil só voltará à pauta após o fim do pagamento do auxílio emergencial justamente pela alegada falta de caixa do governo.
Criado em abril para diminuir os impactos da crise provocada pela pandemia, o auxílio de R$ 600 foi pago inicialmente por três meses para trabalhadores informais, autônomos, desempregados, microempreendedores e beneficiários do Bolsa Família.
Saque do FGTS
Quem tem direito ao saque emergencial de até R$ 1.045 do FGTS e nasceu em setembro terá creditado o valor na poupança social. Nesta fase é possível pagar boletos, contas e fazer compras no mercado pelo cartão virtual do aplicativo Caixa Tem, que pode ser baixado no celular. Os recursos só estarão disponíveis para saque ou transferência em 31 de outubro.