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Abusos continuados

Pastor evangélico é acusado de estuprar sobrinhas menores

No início de 2018, a cabeleireira Andrea Silva, de 35 anos, denunciou à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias que o cunhado — um pastor "idolatrado e amado por todos" — estuprava suas duas filhas e suas cinco sobrinhas. Na época, segundo ela, cinco vítimas, inclusive suas duas meninas, prestaram depoimento na especializada. Entretanto, ainda conforme Andrea, há nove vítimas do suspeito.

Conforme a Deam de Duque de Caxias, o autor já foi identificado. "Testemunhas foram ouvidas e as investigações estão em andamento. A delegacia aguarda ainda o relatório psicológico da vítima e outras diligências que estão sendo realizadas", informou, em nota, a Polícia Civil.

De acordo com Andrea, sua filha mais velha foi abusada dos 4 aos 11 anos. A mais nova, porém, não disse quando a violência teve início. Hoje, elas têm 13 e 10 anos, respectivamente. "A minha mais nova não conta a idade, só fala em detalhes o que passou", explicou.

A mãe disse que descobriu os abusos em dezembro de 2017. Ela começou a desconfiar do pastor, por causa da mudança no comportamento das filhas. Na época, o homem também passou a frequentar a casa delas quando as crianças estavam sozinhas. 

Andrea contou que o pastor buscava suas filhas quase todos os dias para lanchar na casa dele. "Mas eu achava que era carinho. Toda vez que eu falava isso, a minha filha mais velha estalava os dedos. Eu pensava que essa reação era devido à pergunta, que ela tinha ficado constrangida, porque criança não gosta", explicou.