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Pedidos de impeachment contra Crivella começam a brotar na Câmara

Partido afirma em documento 'improbidade administrativa'

A deputada Renata Souza e o vereador Tarcísio Motta, ambos do PSOL, exibem o pedido de impeachment, que deverá ser votado amanhã
A deputada Renata Souza e o vereador Tarcísio Motta, ambos do PSOL, exibem o pedido de impeachment, que deverá ser votado amanhã -

Pedidos de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella já começaram a brotar, assim como a possível abertura de uma CPI para investigar a ação do grupo intitulado 'Guardiões do Crivella'. Ontem, o Psol ingressou com um pedido, alegando que a denúncia de servidores contratados para coagir a população e a imprensa na porta de hospitais configura "flagrante inobservância dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade."

Deverá ser publicado hoje, no Diário Oficial da Câmara Municipal, o parecer do presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (DEM), com o acolhimento do pedido do Psol. A admissibilidade da denúncia será analisada amanhã e são necessários 26 votos para aprovação.

Para a deputada Renata Souza, uma das autoras, a prática é inadmissível: "Organizar funcionários, detentores de cargos de confiança, como se fossem uma milícia, para intimidar jornalistas e cidadãos que querem falar, são práticas que apontam fortes indícios de improbidade administrativa e conduta incompatível com o cargo. Um retrato desta administração desastrosa, corrupta e antidemocrática."

O deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ) entrou com ação popular contra o prefeito por desvio de finalidade e cerceamento à liberdade de imprensa. Também ontem, o vereador Átila Nunes (DEM) entrou com um pedido de impeachment. Até a noite de ontem, a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, para investigar a conduta do prefeito, já contava com 17 assinaturas, número suficiente para dar início à instalação.