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No Piscinão tem lei?

Polícia investiga se milicianos proibiram aglomeração na areia de Ramos

Lilian Ribeiro, a Loira do Bronze, atende às clientes do bronzeamento com fita no Piscinão de Ramos
Lilian Ribeiro, a Loira do Bronze, atende às clientes do bronzeamento com fita no Piscinão de Ramos -

Se o feriado de Sete de Setembro nas praias da Zona Sul foi marcado por aglomeração nas areias, o que é proibido pela Prefeitura do Rio, a situação foi inversa no Piscinão de Ramos, na Zona Norte. A polícia investiga se milicianos deram ordens para não se ocupar a areia, o que foi acatado pelos frequentadores, que não quiseram falar do assunto com a reportagem.

O motivo da proibição seria para não estragar a infraestrutura que está sendo instalada para a reabertura do lago, prevista para a segunda quinzena de outubro.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) afirmou que realiza levantamento para identificar os milicianos da região.

As restrições da milícia, porém, não evitam a aglomeração no calçadão. Logo cedo, uma prática que nasceu nas lajes das favelas já estava a todo vapor: o bronzeamento com fitas isolantes no lugar do biquíni. "Estamos usando álcool em gel e evitando aglomerar", disse Lilian Ribeiro, conhecida como Loira do Bronze.

Lilian disse que, na pandemia da Covid-19, só atuou na laje de casa, mas que retornou com o feriado, e espera que o movimento aumente com a reabertura prevista.

Uma de suas clientes, Bete Cristine, destacou que se sente segura no Piscinão, mesmo nesse período da pandemia. "Quem tiver que pegar covid, vai pegar", argumentou.