O depoimento do empresário Edson Torres, operador financeiro do pastor Everaldo, ao Ministério Público Federal, conta em detalhes como um grupo de empresários se reuniu para bancar a candidatura de Wilson Witzel (PSC) em troca de aparelhar o estado quando ele se elegesse govenador.
Segundo Torres, ele e o pastor Everaldo "conversaram sobre a necessidade de dar um conforto e segurança financeira para o então juiz federal, caso ele pedisse demissão e se perdesse a eleição não teria a garantia dos vencimentos que recebia enquanto juiz".
Para isso, Witzel teria aceito R$ 980 mil enquanto ainda era juiz e outros R$ 1,8 milhão até o fim do segundo turno. Em troca, teria acordado com a atuação ilícita em seu futuro governo. Os pagamentos foram feitos em uma mala estilo 007, em dinheiro. Os valores foram pagos em parcelas de R$ 150 mil, por quatro meses.
Torres ainda disse que Witzel afirmou que o valor de R$ 1 milhão seria o suficiente para que se mantivesse por dois anos, caso não se elegesse.
Em nota, o governador disse que "meu patrimônio se resume à minha casa, no Grajaú, não tendo qualquer sinal exterior de riqueza que minimamente possa corroborar essa mentira".