Bolsonaro classifica brasileiro como 'conservador' e fala em combater a 'cristofobia'

Presidente do Brasil também falou sobre o combate ao novo coronavírus

Bolsonaro foi o primeiro a discursas na Assembleia Geral da ONU
Bolsonaro foi o primeiro a discursas na Assembleia Geral da ONU -
Em um discurso de 14 minutos e trinta segundos gravado com antecedência e transmitido ao vivo na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, falou nesta terça-feira (22) sobre o combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2), classificou as queimadas na Amazônia e no Pantanal como “consequências inevitáveis”, classificou, o brasileiro como “conservador” e falou em combate à "cristofobia".

Como a tradição manda, o Brasil foi o primeiro país a discursar na assembleia. Após pouco mais de 40 minutos de discursos feitos pelo Secretário-Geral da organização, António Guterres, e pelo presidente da Assembleia Geral, o embaixador turco Volkan Bozkir, o vídeo do presidente foi anunciado por um representante brasileiro.

O presidente começou o discurso lamentando as vítimas do novo coronavírus e falando sobre o combate à doença no país, que já registrou mais de 4,5 milhões de contaminados e 137 mil mortes. Ele lembrou que as medidas de isolamento social e "restrições de liberdade" ficaram fora da alçada do governo federal e foram destinadas aos governadores, lembrou do auxílio emergencial - o qual classificou como “talvez um dos maiores” programas de assistência sociais do mundo - e garantiu que mais de US$ 100 bilhões (equivalente a R$ 500 bilhões) foram destinados para saúde, auxílio a médio e pequeno empreendedor e para reparar gastos de municípios e estados.

Ao falar das queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro foi categórico e afirmou que o Brasil é vítima “de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Segundo o presidente, os incêndios criminosos são investigados e deverão ser punidos, mas o fogo também é presente em regiões “onde o caboclo e o índio queimam os seus roçados em busca de sobrevivência em áreas desmatadas”.

Após falar sobre relações com países internacionais, prestar solidariedade ao líbano e repudiar o terrorismo, Bolsonaro falou sobre liberdade religiosa, mas escolheu focar nas doutrinas cristãs ao repudiar ataques. "A liberdade é o bem maior da humanidade. Faço um apelo a toda comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia", pontuou.

“O Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base”, afirmou o presidente do Brasil, antes de finalizar o discurso desejando que “Deus abençoe a todos”. Em seguida, representando os Estados Unidos, Donald Trump foi o segundo chefe de estado a discursar.
Bolsonaro foi o primeiro a discursas na Assembleia Geral da ONU.
Bolsonaro foi o primeiro a discursas na Assembleia Geral da ONU. reprodução