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Gangue do Riocard

Operação da Polícia Civil prende quadrilha acusada de fraudes no Bilhete Único

Material apreendido na ação
Material apreendido na ação -

A Polícia Civil prendeu ontem oito pessoas acusadas de integrar uma quadrilha responsável por fraudar cartões de Riocard e Bilhete Único do Rio. As investigações apontam que o prejuízo causado pelo bando aos cofres públicos pode chegar a R$ 6 milhões, por conta do subsídio que é repassado ao estado.

A ação aconteceu de forma simultânea na capital fluminense e nas cidades de Queimados, Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ao todo a polícia tentou cumprir 21 mandados de prisão. A operação empregou 30 policiais da Delegacia de Capturas (DC-Polinter) e da Delegacia do Consumidor (Decon). Entre os presos está um homem conhecido com Gerson Magrão, apontado como um dos líderes da quadrilha.

As investigações duraram pouco mais de um ano. Nesse tempo, segundo a polícia, o grupo faturou cerca de R$ 500 mil por mês. O bando foi identificado, também, através de escuta telefônica autorizada pela Justiça. "Eles usam uma tecnologia que quebra o código de segurança dos bilhetes. Em seguida, passam o cartão para outros integrantes, que vendem as passagens. Nesse percurso das investigações, identificamos três líderes hierárquicos que controlam a quadrilha", contou o delegado Mauro César Júnior, titular da DC-Polinter.

Os presos serão indiciados pelos crimes de estelionato e de integrar organização criminosa. As investigações continuarão, para prender os demais integrantes do grupo criminoso.

Grupo oferecia valor abaixo da passagem

Durante as investigações, a Polícia Civil conseguiu identificar que o grupo atuava em várias estações de trens e metrô. Os criminosos ficam parados perto da roleta e oferecem passar o cartão em um valor abaixo da passagem cobrada. Nenhum comprador foi indiciado. O delegado Mauro César explicou como o bando agia para fraudar os bilhetes: três homens são apontados como líderes do esquema. Esses são os responsáveis pela tecnologia. Eram eles quem quebravam o código de segurança do bilhete único e inseriam os créditos ilegais.

Após fraudar os bilhetes, um grupo assumia a responsabilidade em fornecer os cartões. Eles faziam a distribuição para seus comparsas que trabalham nas estações.

A última fase era de responsabilidade dos 'cavalos' ou 'batedores'. São eles quem abordam os passageiros e oferecem o serviço mais barato.

Material apreendido na ação Divulgação / Polícia Civil
Preso na operação Reprodução
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