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'Agora temos prova'

Pai de Patrícia Amieiro espera reabertura do caso e condenação de quatro PMs

A engenheira Patrícia Amieiro desapareceu em 2008, na Barra
A engenheira Patrícia Amieiro desapareceu em 2008, na Barra -

Após depoimento de uma nova testemunha revelar detalhes da morte de Patrícia Amieiro, o pai da engenheira, Antônio Celso Amieiro, espera a reabertura do caso e a condenação dos quatro PMs envolvidos. Em dezembro de 2019, 11 anos após o desaparecimento de Patrícia, dois dos policiais foram condenados por fraude processual (pena de dois anos), e outros dois foram inocentados. 

"Para a nossa família foi muito bom. O caso vai ser reaberto. Vai para um novo juiz. Agora temos prova, né? Antes os policiais falavam que ela sumiu, voou, pulou, mas agora não. Temos uma prova concreta de que ela estava viva. Esperamos que eles sejam condenados não só por fraude processual, como aconteceu, mas também por homicídio e ocultação de cadáver", disse. 

A nova testemunha contou que Patrícia estava viva quando os PMs Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Mareio de Oliveira Santos, a retiraram do Fiat Palio que ela dirigia. Um deles teria levado as mãos à cabeça em sinal de desespero. Outro PM teria chegado e dito: "Calma que a gente vai resolver", segundo o depoimento.

"É como se voltássemos a viver tudo de novo ao saber dessa covardia. Saber que ela estava viva, limpando o sangue entre o nariz a boca. O rapaz até achou que ela seria socorrida, mas não foi. Covardes, covardes. Policial e bandido ali foi a mesma coisa", lamenta.