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Em um ano marcado pelo distanciamento social em razão da pandemia, a tradicional distribuição de doces de São Cosme e Damião, amanhã, não corre risco de ficar fora do calendário dos cariocas. Devotos dos santos se preparam para a entrega das sacolinhas, mas com cuidados redobrados para evitar aglomeração e contaminação. Para garantir a alegria da criançada, as famílias precisam pesquisar preços, pois em algumas lojas os valores aumentaram. Para quem deixou para a última hora, o MEIA HORA fez levantamento em lojas especializadas e constatou que é possível encher 50 saquinhos desembolsando R$ 72 com os principais doces.
Na UFA Atacadão, em Quintino, por exemplo, grande parte dos preços dos produtos foi mantida este ano. "Tivemos aumento de 6% em poucos itens, já a maioria dos doces conseguimos deixar o mesmo preço por ter receio por conta da pandemia. Dessa forma, queremos atrair o cliente que não deixa de montar os saquinhos. Muitos deles têm a questão da religiosidade e vão distribuir mesmo com o coronavírus", explica Julio Cesar de Matos, diretor comercial.
Na Saara, no Centro do Rio, os lojistas perceberam a diminuição no número de consumidores procurando por doces para montar os saquinhos. De acordo com Diogo Nascimento, responsável pela unidade da Casa do Biscoito na Rua Buenos Aires a queda foi brutal.
"Este ano está sendo um absurdo a diferença, cerca de 80% a 90% na queda na procura. Depois do Dia das Mães e Dia das Crianças, São Cosme e Damião é o nosso principal evento. Por conta disso, nós resolvemos manter os mesmos preços do ano passado, já que vindos da fábrica não tivemos reajuste", afirmou Diogo.
Veja alguns preços
Na UFA, o pé de moleque, com 50 unidades, sai a R$ 15,99; doce de abóbora por R$ 17,99 (com 50); suspiro sai a R$ 4,99 (com 50); e bananada (com 50) a R$ 7,99. Na Casa do Biscoito, potes como doce de leite custam R$ 14,99 (50) e caixa de paçoca, R$ 15,99. No Superprix, pé de moleque Santa Helena (110g) sai a R$ 3,99; paçoca Paçoquita (210g) a R$ 8,49 e bala Fini (100g) a R$ 6,99.